quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Passou...

Passou? Não o ouvi dizer adeus e sequer o vi acenar de longe. Talvez não acreditasse vivê-lo, talvez não o tenha vivido. Quando o percebo distante, sinto saudade. A nostalgia me envolve e me impede de enxergar a verdade. Dou continuidade ao ciclo. Vivo apenas o vazio, esqueço o "agora" que já se faz “ontem”, o ontem que já se faz “há algum tempo” e que se perde num passado de memórias ao qual me apego, e, me apegando, me esqueço do presente do qual me recordarei amanhã com pesar. Passou? Passou.

Sofia Menegon

10 comentários:

  1. O homem é o lobo do homem.

    ResponderExcluir
  2. Essa novela não tem fim previsível, e Freud, sabendo disso, termina com uma suspensão: " Mas quem pode prever o desfecho?"De certo modo, como em Guimarães Rosa, o fim é o começo:

    ResponderExcluir
  3. O sofrimento pessoal é uma benção: o campo de treinamento para encarar o sofrimento da existência.

    ResponderExcluir
  4. Achará que jamais alguém fez algo totalmente para os outros. Todas as ações são autodirigidas, todo serviço é auto-serviço, todo amor é amor próprio.

    ResponderExcluir
  5. Na busca pelo ideal, esqueço de ser humano...

    ResponderExcluir
  6. Delírio coletivo...apegos,projeções...vida real-invenções...
    Atrito conflito meu seu dele nosso...
    Seria mais facil viver o agora está ciente do presente...mas o passado este que prende...prende porque permito...prende porque suplico seu retorno...prende porque sublimo.
    Sublimo o inventado,sublimo o desejado,sublimo por não ter.Sublimo por querer.
    Odeio o que sinto por você!

    Sofia sou cheia d Sofismar!!Rsrsr*

    ResponderExcluir
  7. "Desejamos mais o desejo do que o objeto desejado"

    ResponderExcluir
  8. Considerações de extrema significância e sensibilidade.
    Não há de fato previsões para o fim desse ciclo, não sei se houve, se quer, um ponto de partida, parece infinito nas duas direções: início e fim. Percebi, no entanto, que sou escrava desse sentimento por opção. Eu escolho viver certas angústias pois elas me fazem sentir humana, real. Quando passo muito tempo distante dessas angústias, torno-me fria, insensível e alheia ao universo que me cerca.
    ...

    ResponderExcluir
  9. ...concordo com vc Sofia, as vezes nós seres mortais somos escravos de olgo no qual desejamos, na verdade de algo que nos recordem alguma coisa que nos marcou, marcou nossa passagem por esse mundo que criamos ou até talvez sentimos necessidades de nunca esquece-los, com isso nos aprezionamos a esse "algo" e nos tornamos escravas por opção!

    ResponderExcluir
  10. Palavras são perdidas, promessas são esquecidas, papéis e cartas apodrecem, mas o verdadeiro amor é o que permanece...

    ResponderExcluir