quarta-feira, 21 de julho de 2010

Adeus a um grande amor...



É amargo, é frio, é breu. Não é música, nem ruído. É silêncio.
O último entrelaçar de dedos, o último tocar de lábios, o último encontrar de olhares.
Lembranças. Todas elas são vistas em um flash de segundos, entre o último olhar e o desentrelaçar dos dedos.
A alma padece. O corpo não responde mais a vontades. Lágrimas.
A cada passo de distância se torna ainda mais difícil secá-las, elas não cessam, não cessarão jamais. Pararão de cair, mas ficarão eternamente presas à espera do reencontro, que não virá.
A dor se transforma em saudade, que se transforma em lembrança, que se transforma em lágrimas que serão libertas e aprisionadas em um curto espaço de tempo. E assim será, por toda eternidade.

Sofia Menegon