segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Apenas Crianças Adultas

Sorrisos tímidos eram agora gargalhadas alvoroçadas. Sem maquiagens, sem adornos ou contornos, éramos a nossa própria essência, que há muito andava submersa.
Cantamos músicas do passado, dançamos melodias de ídolos da infância, resgatamos a última lembrança dos tempos em que éramos apenas crianças.
Gritamos sem receio, dissemos sem medo de más interpretações, jogamo-nos no gramado úmido da chuva. Ah, que chuva! Lavou nosso semblante preocupado, os temores, as mágoas, dúvidas, responsabilidades.
O Sol se recolhia, a Lua trazia de volta um pouco da realidade esquecida. Olhares de saudade se cruzavam, desbotavam as cores, faziam do presente memórias, nostalgia de um passado recente.