quarta-feira, 22 de setembro de 2010

“Do ontem se fez hoje,

Do hoje se fará amanhã,

Do amanhã se faria passado.

Mas não será passado a menos que se torne ontem,

E não será presente a menos que se torne hoje.” 


Simples assim...
(que fique subentendido)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Despertar da Realidade

O abrir dos olhos revelaram tudo aquilo que a mente não me permitia crer. Foram surpreendidos pela delicadeza com que os feixes de luz tocaram o solo. Perceberam a verdade relativa nascer em cada ser, a cada respiração. Contemplaram a refração e o surgir de incontáveis cores em movimento caótico e perfeito. Admiraram sua própria existência.
O abrir dos olhos revelaram a veracidade do ontem, a certeza do amanhã e a insignificância de ambos.
Trouxeram-me ao agora. Me levaram até você.


por Sofia Menegon

Compreender o incompreensível, pra que?

"Apenas um pensamento durante mais uma aula ..."



O que é o tempo se não uma unidade de medida criada por nós: seres racionais, controladores e pragmáticos?
60 segundos, 60 minutos, 24 horas, 4 semanas, 12 meses, 365 dias. Havia nos primórdios de nossa existência algum documento divino que determinasse essa estrutura? Não. Nós a criamos, impusemos, tomamos como verdade e nos deixamos inebriar pela cortina translúcida que nos separa do "Mundo Ideal".
Passado? Presente? Futuro? Por que não o "agora"? Por que não aceitamos a existência simultânea de todos eles? Quem disse que o passado e o futuro não estão acontecendo nesse exato instante? Ninguém disse. Apenas parece complexo demais a nós, seres céticos e práticos.
É, no entanto, muito mais simples do que parece, sendo necessário aceitar uma unica verdade: existem coisas sobre as quais não é preciso explicação lógica ou científica. Basta crer, sentir e fazer-se livre para mergulhar na irrealidade real, no infinito da imensidão ideal ao qual pertencemos.




por Sofia Menegon

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Silêncio

A pausa no incessante e incansável movimento translativo do mundo ao qual pertenço, no qual me perco. Não há ruidos, vozes divinas ou qualquer sinal de vida. Silêncio. Aquele que parecia adormecido ressurge de seu sono mais profundo e do qual jamais deveria ter saído. Ele sente as dores de batalhas passadas, batalhas perdidas, batalhas vencidas. Não há batalhas sem sofrimento e ele, ele sabe melhor do que qualquer um. Encolhe ao máximo de sua elasticidade e ainda assim parece estar prestes a arrebentar, e arrebenta, deixando com que escorra seu conteúdo indefinido por entre as portas da alma daqueles que creem  cegamente serem humanos. Silêncio. Tudo volta a girar em velocidade inimaginável. Passamos a ser restos. Restos de vida, restos de sonhos, restos de projetos, restos de alma, restos e apenas restos. Somos ventríloquos de uma marionete que não obedece ao seu mestre. Acreditamos ser possuidores do controle universal que rege a tudo quando, somos apenas, mais um comando de um teclado repleto de botões. Já não sei quem sou. Silêncio. Torno-me parte da quietude de uma mente perdida, no aguardo do primeiro sinal de reencarnação da vida que se foi quando você partiu.
Silêncio...