terça-feira, 9 de novembro de 2010

Lágrimas

Deixei um rasto de lágrimas por onde passei. Ouvi nossa música inúmeras vezes até que se esgotassem os soluços. Gritei teu nome, implorei por tua presença. Inspirei profundamente. Expirei. Suspirei.
A mesma leve brisa que movimentava tuas mechas quando nos conhecemos, invadiu meu quarto essa manhã e me trouxe teu perfume.
O perfume agiu como costumava: apegou-se a cada centímetro de matéria, a cada centímetro de não matéria.
Não me deixei esquecer, não me deixarei jamais. Em mim a memória do que vivemos terá sempre aconchego, estará sempre segura. Em mim tu terás sempre abrigo.
Aflige-me, apenas, que não tenhas percebido que todas as desculpas que criei para que fosses eram, em verdade, súplicas para que ficasses.
Acreditarei nas inverdades que acreditastes, quem sabe assim, as lágrimas não parem de deixar rastos, quem sabe assim eu não pare de esperar que os sigas. Quem sabe assim eu não volte à vida.

6 comentários:

  1. Você me aspirou e depois expirou...

    ResponderExcluir
  2. Verdades que muitos vivem e poucos expressam.
    Amei

    ResponderExcluir
  3. Muito bom, como sempre! espero que alguem te descubra e te leve ao sucesso como vc merece que seja! BOa sorte

    ResponderExcluir
  4. Voce escreve o que sente, isso que torna sua poesia tao especial...te amo demais irma!!! levo o seu coracao comigo, levo o junto com o meu coracao!!

    ResponderExcluir
  5. Muito obrigada, mais uma vez! Adoro os comentários, eles me motivam a continuar.
    Minha irmã, obrigada por me acompanhar, ainda que distante. Espero por você.

    ResponderExcluir
  6. Palavras são perdidas, promessas são esquecidas, papéis e cartas apodrecem, mas o verdadeiro amor é o que permanece...

    ResponderExcluir